quarta-feira, julho 11, 2007

Significados de Ti

Oh tu, que tocas a musica…

Agora que oiço os ventos mentais que esta musica me levanta, paro nesta minha velha cabana de abrigo para pensar que um dia que te vás, todo este mesmo vento e esta minha velha cabana em que me refugio neste mesmo momento perde o sentido…

Paro neste momento e tenho medo que te vás…

Tenho medo de nunca mais voltar a sentir o vento, este vento que ora arrepia, ora seduz, ora afaga os pêlos de barba que me nascem bravios no rosto…

Toda esta cena assenta no pressuposto de existires…

Não!

Não te quero perder!

Só tu sabes mexer comigo, soprando intensidades musicais na minha ceara mental, lembrando-me que sinto, que sou capaz de sentir… fazendo-me dar sentido às planícies e montanhas do meu ser…

Cada gesto que fazes, cada nota que te sinto é como uma sementeira de alimento para o meu pensar, como que despoletando todos os ciclos de significado…

Não te vás!

És como o ar que respiro, és o ar que eu respiro, és… Tu e só tu, como a nota certa na melodia certa, fazendo arrepiar todo o meu corpo no momento exacto em que precisava ouvir aquela nota… e a nota a seguir… e a outra, perfazendo a melodia perfeita para os meus ouvidos… Como um ciclo dentro de um ciclo num ciclo sem fim…

Não vás!

Preciso de ti!

4 Comments:

Blogger Ivo Brandão said...

«Encore Tokyo», do álbum «Sun Bear Concerts», de Keith Jarrett. Acho que é isso que quer dizer...

sexta jul. 20, 04:59:00 da tarde 2007  
Blogger tchi said...

Se persisitires, a cabana, abrigo teu, permanecerá e será toda tua.
Não temas. Luta para que ela aí continue e faça aumentar as páginas do teu livro de memórias.

E poderás, ainda, criar outras melodias.

quinta set. 13, 02:12:00 da tarde 2007  
Blogger Cacau said...

Muito bom! Gostei daqui.......

segunda nov. 26, 02:44:00 da manhã 2007  
Blogger rokita said...

Cantiga de Amor

Preferias que cantasse noutro tom
Que te pintasse o mundo de outra cor
Que te pusesse aos pés um mundo bom
E que te jurasse amor, o eterno amor

E querias que roubasse ao Sete-estrelo
A luz que te iluminasse o olhar
Embalar-te nas ondas com desvelo
Levar-te até a lua para dançar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre se quiseres
Ou então se preferires fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres

Talvez até pudesse dar-te mais
Que tudo o que tu possas desejar
Não te debruces tanto que ainda cais
Não sei se me estás a acompanhar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre se quiseres
Ou então se preferires fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres

Podia, se quisesses, explicar-te
Sem pressa, tranquila, devagar
E pondo, claro está, modéstia à parte
Uma ou duas coisas se calhar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre se quiseres
Ou então se preferires fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres


Amo-te!

quinta fev. 07, 11:15:00 da manhã 2008  

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