O Mirante

Todos nós julgamos ver a verdade e a justiça. Todos julgamos que a verdade se apresenta aos nossos olhos como se a mirássemos do topo do mundo. No Mirante.

A lição de vida e na vida, pela qual somos abalados e nos remete para o desgosto do equivoco e engano é a do destroçar desta visão utópica de um olhar acima dos demais. Um olhar acima de qualquer suspeita. Uma visão superior e isenta. Imparcial.

Como nos disse Kant: a verdade absoluta não existe e, como tal, não pode ser propriedade de ninguém; existem verdades e não verdade. Cada indivíduo é dono de uma verdade relativa.

Assim, repensemos bem os actos e que se dê o benefício da dúvida antes de julgar as verdades dos outros. A verdadeira liberdade permite o luxo, o conforto mas, acima de tudo, o direito a uma verdade individual, desde que esta não interfira com o mesmo direito por parte dos demais.