segunda-feira, maio 21, 2007

Brecha de Equilíbrio

Abro os olhos... Tudo o que vejo são memórias confusas... Cenas estáticas de uma vida desconhecida... Temo que da minha se trate... Não sei... Nunca sei... Nunca sabemos... É isso que sabemos...

Eis-me de novo por entre linhas de palavras que saem pelo bico da caneta...
Muito longe tenho estado...
Por vezes olho de longe e remeto os meus pensamentos para os meus escritos, as minhas reflexões, as minhas sentenças...

É sem dúvida com muito pesar que por vezes não escrevo qualquer coisa, mas é exactamente por se tratar de “qualquer coisa” que opto por não escrever.
Quero que todas as minhas linhas tenham um significado. Só assim o desabafo é perfeito e traz alívio à minha consciência.

Apesar de não habitarmos um mundo puramente lógico, é nela (na lógica) que penduro a minha esperança de que algo melhore, de que algo dê certo. Assim, poucas vezes procuro a fé em algo mais, que provoca um conflito entre coração e mente, deixando o corpo em desequilíbrio.

Não é fácil encontrar o momento certo para conseguir que meia dúzia de palavras saiam da minha caneta e borrem uma folha de papel com significado. É aquilo a que os artistas teimam em chamar inspiração, ou musa... Bem, como não me considero artista e nunca senti a inspiração como inspiração, e não como acto constituinte da acção de respirar, preciso de encontrar um equilíbrio para desbloquear as palavras da minha mente.


Eis-me numa brecha de equilíbrio... Não me alongarei muito, pois não tenho muito tempo... Voltarei.